I Seminário sobre Utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação em Geologia
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SIGGeo - o sistema de informação geológica georeferenciadaC. Laiginhas e A.R. Amado RESUMO ABSTRACT
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Dito de outro modo, este sistema de informação (S.I.) pretende ser a porta de entrada no grande armazém da informação científica e técnica à guarda do I.G.M., facultando aos interessados o acesso à localização geográfica e à restante informação correlativa, não só sobre as áreas objecto de estudos e trabalhos publicados em edições do I.G.M., mas também sobre as que dizem respeito a estudos e trabalhos não publicados. CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO Como será natural, a complexidade e a dimensão da base de dados subjacente ao S.I.G. (Sistema de Informação Geográfica) evolui em função da informação residente no sistema. Assim, à medida que for necessário integrar mais informação temática, a estrutura de base de dados terá que ir crescendo proporcionalmente, por criação de novas tabelas e relações entre estas e as preexistentes. A princípio, a base de dados foi criada com a função de acolher dados relativos às Informações de Espessuras das Formações Sedimentares Mesozóicas Portuguesas, (provenientes de uma base de dados já disponível no I.G.M. e designada por MESOSTRATA) e dados relativos aos estudos e trabalhos publicados nas edições do I.G.M., bem como para suportar a componente alfanumérica relativa às bases cartográficas a utilizar. Carregamento e Gestão da Informação Posteriormente, criaram-se dois mapas, um com o enquadramento das folhas da Carta Militar de Portugal (na escala de 1: 25 000) e outro, com o enquadramento das folhas da Carta Geológica de Portugal (na escala de 1: 50 000), com a identificação das folhas respectivas devidamente integrada no SIG. Ainda no âmbito das bases cartográficas que se entenderam necessárias para iniciar o carregamento da informação, criaram-se e integraram-se no SIG dois mapas da Divisão Tectonoestratigráfica do país, um com as Zonas Tectonoestratigráficas e outro com as Sub-zonas respectivas. Uma vez na posse de cartografia de base, com características suficientes para suportar a georeferenciação da informação que se pretendia carregar, procedeu-se de imediato à integração da informação proveniente da MESOSTRATA Base de Dados de Espessuras das Formações Sedimentares Mesozóicas Portuguesas, uma vez que essa informação já havia sido preparada para integrar o SIGGeo, o que tornou o carregamento muito rápido, disponibilizando de imediato a localização geográfica de cada uma das informações constantes na referida base de dados. Após o carregamento dessa informação, optou-se por integrar a informação relativa aos artigos publicados nas edições do I.G.M. (referências bibliográficas, índices espaciais e classificação temática), por ser a que se apresentava melhor organizada e imediatamente disponível. Ainda em finais de 1998, foram carregados alguns destes registos que serviram para testar a estrutura do sistema, relações com a cartografia de base e resposta do sistema a solicitações tipo que se pretendiam ver implementadas, tendo-se iniciado o carregamento contínuo desses dados após a execução dos testes, já em 1999. É esperado que no final de 1999 esteja disponível um volume de dados correspondente aos artigos publicados nos volumes da Nova Série das Memórias, nos volumes das Comunicações (posteriores a 1970) e nos volumes dos Estudos, Notas e Trabalhos (posteriores a 1970), para além da informação da MESOSTRATA. Em seguida, pretende-se integrar as bases cartográficas respeitantes aos arquipélagos dos Açores e da Madeira, avançar para o carregamento dos dados relativos ao Boletim de Minas e, no caso de se proporcionarem as condições necessárias para esse fim, poder-se-à iniciar a integração de dados das sondagens (executadas pelo IGM e por operadores externos, com informação disponível) e dos relatórios técnicos não publicados. Está também prevista desde o início deste projecto, dado o seu interesse evidente, a integração no SIGGeo de outro tipo de informação digital, (cartografia temática, bases de dados e sistemas de informação), proveniente dos restantes departamentos e serviços do I.G.M. e que estes entendam dever disponibilizar internamente ou ao público. DIVULGAÇÃO E DISPONIBILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Sendo a divulgação e disponibilização da informação o principal objectivo de todo este projecto, este assunto mereceu e decerto continuará a merecer uma atenção especial por parte dos responsáveis pelo SIGGeo. Estamos perante um S.I. para o qual se prevê a manipulação de um grande volume de informação, quer cartográfica, quer alfanumérica, o que exige substanciais recursos físicos e lógicos para o seu armazenamento e gestão. No entanto, a finalidade é a de disponibilizar essa informação ao maior número de pessoas possível, através de um ambiente gráfico amigável e de fácil manipulação. A forma encontrada para solucionar este problema passa pelo recurso a mais do que um software para efectuar tarefas diferenciadas. Assim, numa fase inicial, que também pode ser chamada de desenvolvimento, recorre-se a software de S.I.G. e de S.G.B.D. (Sistema de Gestão de Base de Dados) mais poderoso e menos acessível a técnicos não especializados. Este tipo de software, embora mais fechado, é também muito mais fiável, versátil e poderoso, ou seja, o ideal para garantir a estabilidade de um sistema central, de base. É a este nível que toda a informação, cartográfica e alfanumérica, deve ser integrada. Numa segunda fase, a informação residente no sistema central pode ser internamente divulgada e disponibilizada aos técnicos do I.G.M.. Esta fase deverá não só permitir o acesso, mas também a validação da informação, antes de esta ser disponibilizada para o exterior. Para permitir esse acesso, poder-se-à recorrer a dois processos, consoante o grau de conhecimentos técnicos e de necessidade de manipulação da informação que os consulentes internos tiverem ou pretenderem. Pode utilizar-se software de Desktop GIS, mais simples e intuitivo do que o utilizado para gerir o sistema central, mas que permita a ligação ao SIGGeo pela rede de dados do I.G.M. e alguma versatilidade na análise da informação ou, pode recorrer-se a um outro tipo de software que permite disponibilizar o SIGGeo numa página da Intranet do I.G.M. à qual os consulentes internos se possam ligar por recurso a um simples browser, sendo que, neste segundo caso, ficam limitados às pesquisas e análises pré-definidas. Numa etapa final, a informação não reservada residente no SIGGeo poderá ser disponibilizada ao público em geral. Neste caso, o acesso ao sistema será feito por intermédio da Internet, podendo os interessados entrar no Web Site do I.G.M. (principal sistema de divulgação da informação científica e técnica do I.G.M.) e chegar à página do SIGGeo Online. O software que se poderá usar neste caso é o mesmo que permite a disponibilização interna por recurso à Intranet, sendo que, as consultas possíveis também estarão pré-definidas e as capacidades de análise da informação limitadas às apresentadas no interface a criar para o efeito. Em suma, o SIGGeo é, no seu objectivo, um sistema fundamental para divulgar e disponibilizar a informação geológica, não reservada, de entre o considerável volume que o I.G.M. detém, de uma forma georeferenciada e estruturada, num ambiente de S.I.G. acessível e aberto ao público. |
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I Seminário sobre Utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação em Geologia
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