O conceito de fóssil vivo é problemático, senão contraditório! Se são vivos... não são fósseis!
São disso exemplo as bactérias contemporâneas da génese dos petróleos onde são encontradas.
O conceito refere-se a seres que ainda hoje existem e quase nada evoluiram em relação a formas idênticas conhecidas no registo fóssil (por exemplo, desde o Paleozóico - 248 a 540 Ma). Neste sentido podem ser considerados formas relíquia:
Sobre esta questão escreveu um aluno (João Pedro Soares Fernandes/UNL) num trabalho de Paleontologia:
"Existem hoje na Terra animais que conseguiram permanecer imutáveis ao longo de centenas de milhões de anos, resistindo a extinções em massa, a inúmeros estímulos agressivos do meio e pondo mesmo em causa várias teorias da evolução. O nautilus, o tuatara, os celacantes, os peixes pulmonados... todos eles resistiram à mudança, aparentemente uma característica da vida, e continuam a viver do mesmo modo desde tempos ancestrais. Certos autores afirmam que muitos destes fósseis vivos habitam ambientes marinhos profundos (como é o caso do nautilus, do celacante e da neopilina), sujeitos a alterações mínimas no decurso do tempo. Mas como explicar a situação do tuatara, de diversas libelinhas, do ornitorrinco, dos onicoforados e de diversos peixes actinopterígeos que não se encontram nestas situações? Terão de ser repensados os processos que servem de motor à evolução... ou a excepção fará a regra?
Serão os fósseis vivos falhas da Natureza (ou falhas na concepção feita pelo homem)... ou prova da sua inteligência? E isto não seria o mesmo que perguntar: Será a bicicleta uma falha do intelecto humano... ou prova da sua inteligência, ocupando o seu devido lugar no panorama criativo humano? Será que a bicicleta é um "fóssil vivo" em relação à mota?"
Pontos de partida para pesquisa na internet:
http://www.newcreationism.org/StasisList.html
http://www.ucmp.berkeley.edu/vertebrates/coelecanth/coelecanths.html
Paulo Legoinha (pal@mail.fct.unl.pt)